segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Preciso de ti...

Já olhas te para o ceu
Caem gotas
Prestes a queimar
E as nuvens andam soltas
Só para contrariar
Por entre os dedos
Escorrem estilhaços de sohos
Que um cometa arrastou
Resta somente pequenos brilhos
Que alguem guardou

E eu sei,
Que tens o tamanho certo dos abraços
Que rasgas a vida em pedaçoes sem querer saber...

Preciso de ti
Fazes-me falta
Esqueci me de te contar o que aconteceu
Preciso de ti
Fazes me falta
Nao sei se sabes
A minha estrela no céu desapareceu

Ainda há espaço para poderes ficar
Ainda ha tempo que podes guardar
Ainda há céu onde podes voar
Com as asas que eu te dei...

sábado, 17 de janeiro de 2009

Ninguém responde...é melhor assim

Existem momentos que nem o silêncio nos tranquiliza e tudo parece não fazer sentido, mesmo quando estamos na perfeita condição de perceber tal situação…silêncios que rasgam dias e vem anunciar a noite…
Existem segundos em que desejamos emergir desta bolha sufocante, e entrar em contacto com novo ar…com uma nova realidade…
Existem minutos em que esperamos por palavras ou por gestos, por carinhos meios perdidos que talvez se possam vir a encontrar.
Existem alturas em que esperamos que tudo acabe e que não volte a começar…que tudo fique lá a traz…esquecido num passado muito longínquo, na memória de alguém, por favor que não a nossa….
Existem fases que parecem querer ficar ancoradas aos ponteiros do relógio e nos impedem de avançar…não é avançar só porque sim…avançar com a alma limpa…não com o peso de tudo aquilo que não dissemos mas que pensámos dizer…é a pior sensação…aquilo que fica por dizer…aquilo que fica por sair…sensação inexplicável. Existem opções que são difíceis de as tomar…opção de sim ou não, que mudam a vida de uma ou de todas as pessoas, que nos fazem pensar duas vezes ou então cem vezes no mesmo assunto…opções que nos fazem voltar a traz no tempo e reflectir sobre actos que cometemos e que talvez não devíamos ter cometido…opções que nos deixam tristes e por vezes (poucas vezes) nos deixam alegres….
Existem sorrisos que ficam guardados e não se apagam do caderno das memórias…sorrisos que iluminam e que nos guiam, que nos refrescam em tardes quentes, que codificam a linguagem de uma alegria tão momentânea. Sorrisos que nos despertam de manha, pela madrugada dentro e que nos fazem sentir as melhores pessoas deste mundo…
Existem gestos que deixam marcas, mesmo com o passar dos tempos. Gestos que recordamos com carinho e que nos fazem mais completos por dentro e por fora….
Existem frases que soltas numa órbita desorganizada, que tantas vezes no meio de tanta desorganização é a única coisa que faz sentido... frases que nos prendem sem querer-mos, amarram-nos a um porto deserto onde já não há embarque nem desembarque…
Existem silêncios que dispensamos, silêncios que sobram, estão a mais, que fazem fila para sair…mas que não saem, permanecem em silencio…para nos confundir e baralhar tudo o que vai cá dentro.
Existem desejos que encerramos em nós, que delimitam a sua saída para fora das nossas muralhas, aquelas que construímos para nos defendermos da vida, e das suas peripécias…aquelas que nos protegem daqueles que nos querem mal, ou mesmo daqueles que nos querem bem e que acabam por nos fazer mal…desejos que nos consomem e nos torturam, e nos lembram da quantidade que desejamos algo…existe segredos que partilhamos, que desvendamos que acabam por ficar esquecidas em alguém….segredos só nossos, que nos orgulhamos em os ter…acabam por ser segredados ao ouvido, o que ainda tem mais encanto…
Existem palavras que nos prendem e que nos fazem esperar, palavras soltas ou arrumadas que ansiamos por ouvir, palavras que nos tocam e que nos fazem tocar…existem palavras que deviam ter sido evitadas, palavras arrependidas que podiam ser esquecidas…

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009



anatomicamenteeeeee desgovernadaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa !!!!

se há coisas que deviam ser proibidas são estas orais de anatomia.......

domingo, 11 de janeiro de 2009

O que o amor faz ás pessoas...




Frases daquelas já feitas, baratas que andam na boca de toda a gente mas não deixa de ser verdade. E não se pense que é só a algumas pessoas, por norma todos já fizemos as nossas figuras por conta deste sentimento a que todos chamam… amor. Pode se dizer que esta palavra embarca muito mais do que aquilo que pensamos, o amor acontece a todos os níveis, físicos, psicológicos, químicos, gasosos, todo o tipo de reacções são desencadeadas simplesmente quando este nos bate á porta. Por vezes avisa com antecedência, outras vezes entra sem ser convidado e o mais engraçado é que nunca o conseguimos mandar embora.
Até hoje não percebo o porquê destes efeitos todos, destas consequências…
O amor manifesta-se de diferentes maneiras, ora nos suspiros absurdos, nos olhares melados, nos risinhos…
E assim por diante, andamos meio perdidos e meio achados, sem saber o que fazer da vida, tudo nos parece belo, demasiado belo para ser verdade, fazemos coisas sem pensar. Dizemos coisas pirosas e bem lamechas, choramos por tudo e rimos por nada são fenómenos inexplicáveis que estão constantemente a acontecer. Enchemo-nos de uma felicidade quase impensável, acreditamos em tudo e em todos…
Achamos que vai ser para sempre, fazemos juras eternas, escrevemos os nomes no banco do jardim, na arvore, na areia e esperamos que a onda venha e perpetue este momento, prometemos mundos e fundos, enquanto aos mundos temos apenas este, mas os fundos, esses podem variar e quando tudo acaba parece muito mais fundo do que nós prometemos…
Sussurramos ao ouvido, falamos baixinho e de uma maneira bem meiguinha, dizemos piadas mesmo sem piada nenhuma, preparamos surpresas, pedimos mil vezes desculpa se for preciso mesmo sem termos errado, sabemos perdoar até as maiores das faltas. Andamos por ai a cantarolar, o tempo passa-nos bem devagar quando estamos longe, e bem depressa quando estamos perto.
Tornamo-nos as pessoas mais fofinhas do mundo e arranjamos apelidos, como “mor”, “docinho”, bebé”, entre os mais variados e os mais originais, trocamos mensagens o dia inteiro, e há sempre conversa com a pessoa de quem gostamos. Não nos apetece sair da cama de manha, sonhamos acordados a dormir, a fazer qualquer coisa, andamos com a “cabeça no ar”, temos calor, e frio ao mesmo tempo, temos falta de apetite ou então este em grande exagero, as mãos suam…
O amor tem a sua música, o seu local, a sua data, a sua magia, tem tudo, parece que não lhe falta nada, mas daí até não faltar…
A mim parece me que este fenómeno ataca a todos e de uma maneira implacável, bem dirigida não vale a pena usar um cicatrizante porque de certo que vai deixar a sua marca.
Quem já não andou por ai e deu por si a sorrir, e a cantarolar? Parece-nos ridículo, e por vezes chegamos mesmo a comentar com alguém. Por isso é o que eu digo, e a primeira pessoa a dize-lo era de certo uma pessoa muito sábia, “o que amor faz ás pessoas…”

Temos que esperar....

Temos que esperar... Há uma certa altura na vida que percebemos que a condição de espera é uma constante, e em todos os momentos, nos fazem esperar, ou então somos nós que fazemos questão de esperar.
Esperamos os nove meses para nascer, e há medida que o tempo passa esperamos para crescer e até há casos de quem espere para morrer.
Quando dou por mim a pensar, a espera é um facto real, esperamos para ser atendidos no café, e podermos deliciarmo-nos com uma bica bem tirada, esperamos que o semáforo passe de vermelho para verde, e esperamos impacientes. Também esperamos na fila do supermercado, mas ai a espera é ordeira, organizada por filas ou por números, e esperamos ansiosamente pela nossa vez.
Quando estamos aborrecidos em algum sitio esperamos e desesperamos que os ponteiros do relógio se arrastem no tempo e o façam andar o mais depressa possível, á velocidade da luz para que tudo passe, e também o contrário quando nos encontramos no auge de algum momento esperamos que o tempo não passe, e que ancora pare mesmo ali para que todos aqueles momentos durem o maior tempo possível…e esperamos com felicidade.
Continuamos a esperar…para atravessar na passadeira, que algum condutor não tenha pressa e possa de facto esperar que atravessemos. Esperamos anos e anos, e esperamos por um telefonema, boas ou más noticias, ou por uma simples mensagem, esperamos por um sinal, e esperamos que o dia nasça e traga os raios de sol consigo e que com isso nos consiga consolar. Esperamos pelas palavras certas que nem sempre vem no melhor momento, que possam refazer tudo o que a vida desfez, e esperamos no mesmo sitio, que a estrela caia, outra vez, mas ai a espera é em vão, a estrela nunca cai duas vezes no mesmo sitio.
Esperamos que alguém chegue, e que alguém parta, mas que a partida seja rápida porque as despedidas doem mais para quem tem de esperar. Esperamos por um convite e por uma discussão que num momento aceso, possamos dizer tudo aquilo que esperámos dizer. Espera-se que amanha faça calor, ou então que chova para podermos estrear aquelas botas novas que comprámos nos saldos.
Esperamos por esperar, porque tem de ser, e é uma característica quase que intacta do ser humano.
Esperamos por um serviço, por um atendimento por uma resposta, pela nota de um exame, por um aumento de salário, por um autocarro, ou por um qualquer outro transporte publico, esperamos por alguém, que pode vir ou pode mesmo nos deixar á espera, esperamos por um exame médico. Esperamos que tudo acabe bem ou que tudo comece mal, e esperamos… Talvez só nos resta esperar que algum dia tudo mude.
É admissível que alguém diga que não gosta de esperar, que não é muito paciente, de facto eu sou paciente, mas se pudesse escolher também não esperava.
Mas o mais engraçado é que acabamos por esperar, involuntariamente e por vezes voluntariamente…esperamos que nos façam felizes…e é isto que é verdadeiramente inacreditável como é que nos podemos sujeitar á espera de que alguém venha e nos traga a felicidade dentro de pacotes, depois basta agitar, abrir e pronto rápido e sem muitas esperas…como se fosse tudo instantâneo.
É simples esperamos que ao menos essa pessoa seja capaz de fazer o que nós afinal não somos…nós apenas esperamos, e esperamos o tempo que for preciso por essa felicidade, nem que venha dentro de um pacote…